sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pãe e Mai

Escuto a palavra “pãe” e não resisto a pesquisar: dizem por aí que é o pai que é mãe ao mesmo tempo.

Engraçado isto de não existir o contrário, algo como “mai”, uma mãe que é pai... (será que ainda a chamamos de mãe solteira?)

Romantismos... Por mais bonitinho que me pareça, por mais bem intencionado, não vejo como possível a substituição, cobrir a ausência do outro ou sua própria importância.

Talvez por ter vindo de uma família assim formada, onde cada um desempenha seu papel - mesmo que às vezes estes estivessem meio invertidos - por ter os dois, pai e mãe, sinto o quanto eles são importantes, a quem recorrer em determinado assunto, o que aprender com cada um deles.

Assusta pensar que carrego comigo todos os “Sims”e “Nãos” de uma criação, as decisões dos caminhos, todos os abraços e beijos, desejos de boa sorte e amor parental, não só pela responsabilidade disto tudo, mas por achar que em dois a gente pode dar mais e a gente quer sempre mais para nossos filhos...

Por outro lado, pode ser que meu pequeno não entenda assim, justamente por não sentir falta do que ele não traz na lembrança e, ao crescer em uma realidade diferente da minha, ele tenha em mim sua “pãe” ou “mai”, com tudo que lhe seja necessário e isto baste.

O melhor, então, é ser somente mãe, como muitas outras.

Que joga bola no meio da sala, que talvez aprenda a soltar pipa ou andar de skate e saiba um pouco sobre futebol e desejos de meninos, como muitas outras mães...

Por que o que interessa mesmo é ser uma boa mãe, e se conseguir isto, ele ficará bem.

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