terça-feira, 24 de maio de 2011

Sinto muito

Olha só: Eu sei que não foi por mal, mas entenda: às vezes (é, eu sei que não são assim tão poucas como faço parecer), quando não te encontro onde procuro, vou resmungar alguma asneira ácida...  Igual quando você não dava notícias no final da tarde - lembra? - e mesmo sabendo que a culpa não era sua, eu reclamava.

Era essa minha urgência em te ver que gritava.

E, sei lá, estas coisas de costume... demoram a passar.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Dar exemplo dá trabalho

Um cachorro pequeno avançou no meu filho, nada sério.

Deixei ele se afastar de mim uns 25 metros na pracinha e ele parou para ver um cachorrinho, que estava com uma senhora de idade, uma mãe e sua filha, e o bicho simplesmente avançou. As mulheres observaram, inertes, a cena. A única reação foi um comentário da mãe da menina falando para a garota (de nove anos!) que ela deveria ter segurado o cão (?). Tá, não entendi.

Na hora só pensava em levar o pequeno para limpeza da ferida e colo de mãe. Dias depois, liguei para a sensível proprietária solicitando a carteira de vacinação do cachorro, já que por orientação médica era importante eu ter certeza que estava tudo em dia. A educada senhora mandou me dizer que o bicho era vacinado e que eu não tinha nada com isso. Tá, não entendi.

Não entendi também a mulher do meu lado que falou para o garoto de dois anos que ele ia virar um monstro, pois a mãe não o educava direito.

Não entendi uma outra mãe, ao ser abordada por uma garotinha de três anos que lhe pedia um biscoito, ter respondido que era de sua filha e que ela que pedisse para alguém comprar para ela.

Não entendi a mãe que falou para a babá não emprestar o brinquedo para o coleguinha porque era novo.

Assim como não entendo a mãe que prende a saída da escola por que está com pressa, sem se preocupar com os que não conseguem passar.

Todas estas cenas aconteceram sob os olhinhos atentos das crias em formação destas mulheres, e, para meu desgosto, da minha também.

Estas mães estão ensinando o quê, afinal? Não estou entendo.

Não adianta sentarem para discutir boas escolas e bons modos se não se preocupam com o exemplo que estão dando, com suas próprias atitudes em relação ao próximo e isto é tão óbvio!

Dar exemplo dá trabalho, então, mãos à obra!

Ainda bem que tenho em minha volta mães maravilhosas, com suas festas malucas de acampamento no quintal de casa, com pedidos de desculpas choramingados pelos pequenos à professora da escola, com exemplos cotidianos de compartilhar, cuidar e respeitar.

Obrigada por doarem seus tempos com qualidade aos seus filhos e cultivarem valores pessoais. Obrigada à minha mãe por não me ensinar a entender atitudes individualistas. Sem vocês, eu perderia a fé na humanidade.