quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Racionalidades

Algumas vezes quis sim, berrar tão alto quanto meus pulmões pudessem aguentar ou quebrar todos os espelhos que refletissem o que eu queria esquecer.

Fazer aquelas cenas que vemos nas novelas de televisão.

Quis correr tão longe até onde não pudesse voltar, ou fazer escolhas malucas só para me revoltar.

Mas eu só quis... Porque, no fundo, sabia quem ia ter que arrumar a confusão...

sábado, 19 de novembro de 2011

Compartilhando

Com as vertigens já esquecidas, combinei um intervalo de silêncio com a vida. Um intervalo na rotina que reprisa minhas ausências e cansaços. Um intervalo na saudade que não muda, no meu tocar que escuta sempre os mesmos arrepios. Um poema ao pé do ouvido. Uma pausa sem dor, com cor; uma grafia tatuada no dorso da alma, pouco corrida, sem pressa de ser lida e encontrada. Combinamos uma coisa bonita, qualquer coisa boa e tamanha.

Com as vertigens já esquecidas, quero hidratar aquilo que me habita, me intensifica e me resguarda. Antes do choro, quero uns versos, uns avessos, uns gestos guardando coisas sensíveis. Sofro de progressos, já não cabe tanta demora dentro do meu verbo. (Por Priscila Rôde).