- Dinda, o tio morreu.
...Ele me disse assim, dia desses, com a sabedoria de seus cinco anos, sem rodeios nem histórias de pessoas que viram estrelinhas ou que foram morar no céu.
- Verdade.
...Respondo, meio encabulada, sem entender de onde vem esta coragem em falar com simplicidade algo tão complicado.
- Naquela foto o seu sorriso era feliz. Agora é triste.
...Continua ele com uma voz professoral de quem tem que me explicar algo que ainda não entendi.
- Vou melhorar. Já estou quase lá.
...Respondo mais uma vez com uma ponta de medo de não ser bem assim.
- Tá bom, acredito.
E me olha desconfiado e muda de assunto.
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