quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Trabalhos Escolares

Uma folha de papel vermelha dobrada em forma de camisa com a foto dos dois ao centro. Em cima, os dizeres: Papai, estarei sempre contigo!

Esta imagem provavelmente vai me marcar por muito tempo, pois mesmo já sabendo dos trabalhos da escolinha, desmoronei de tal forma que foi difícil me conter ao longo do dia.

Todas as escolas fazem suas atividades para o Dia dos Pais, e como não tenho como parar o mundo ou colocar meu filhote em uma bolha mágica e super protetora, o melhor a fazer é aprender a conviver com estas – e outras - situações o quantos antes e com a maior naturalidade possível.

Hoje, a maioria das escolas declara trabalhar o "Dia da Família", em substituição ao Dia das Mães e o dos Pais, entendendo que as famílias têm composições diferentes, entretanto, a prática não se mostra bem assim. Durante a minha peregrinação na escolha da escola, esta era uma das questões que sempre levantava, e pude perceber que em muitas ou a resposta era evasiva do tipo “na época preocupamos com isso” – ou a escola praticava o que chamei de o “Dia da Família das Mães” e o “Dia da Família dos Pais”, pois na verdade não se diferenciava muito do que me lembro da minha época de criança.

Evidentemente, não tenho a intenção de ignorar a data e seus pequenos festejos, entendo que se o pai do pequeno estivesse vivo eu ia ser a primeira a querer tudo e mais um pouco... mas acho justo não querer submetê-lo aos ensaios repetitivos para uma apresentação em que o pai dele não estará presente.

O trabalho desenvolvido na escola do meu filho foi bem conduzido, com o apoio psicológico devido (acho que mais para a mãe e não para o filho que não precisava...).

O assunto foi tratado como é feito em nossa casa, onde procuro preservar a referência de pai, sem transformá-lo em um herói inatingível, mas sim em uma pessoa de verdade que agora mora apenas em nossos corações.

E assim, dentro deste contexto, ele trabalhou junto com a sua turminha a foto do pai de verdade – sem substituições por tios ou avó – e teve a oportunidade de participar de uma forma mais coerente da alegria de se ter um pai.

2 comentários:

  1. Que bonito a forma como você caminha com essa realidade. Na verdade nós é que devemos estar preparados para sentir isso com as crianças. Elas, mesmo parecendo desprotegidas, são fortes quando encontram a verdade de forma natural. Vejo você preparada para dividir isso com ele. Abraços no seu coração.

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  2. Eles são mesmo engraçados. Sabem lidar com essas coisas da vida com uma sabedoria que a gente já perdeu há muito. É tão legal como você se deixa aprender com ele! Beijos carinhosos, Ju.

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