terça-feira, 16 de março de 2010

A culpa

Eu busco respostas... Para tudo, sempre busquei. Estoicamente. Não sou uma pessoa que se contenta com um "porque sim" ou "são coisas da vida". Não eu.

O problema é quando, na verdade, não existe uma resposta que caiba no tamanho das perguntas que me faço, nos porquês que levanto.

Mas mesmo assim, eu busco.

Conversei com médicos, fui à igreja, troquei de crença, questionei os desígnios, tentei terapia, e por fim e desde o começo, me culpei - muito, irracional e profundamente.

Achei a resposta em mim, por não ter vistos os sinais, logo eu que tenho um histórico familiar de muitos cardíacos, que leio e me informo... Por não ter insitido nos check ups anuais, por não ter corrido para o hospital quando ele falou do calor que sentia naquela manhã.

Culpei-me e não consigo não pensar nisso.

Mas racionalizo, me fundamento, não tenho poderes sobre a vida e a morte. Não tenho o amanhã, muito menos o hoje.

E assim tenho caminhado, tentando me desculpar racionalmente.

Por isso comecei a escrever, buscando as respostas que estão em mim, neste ato de perscrutar minh'alma, para me perdoar, para minar a dor e a saudade, para transformar este amor que, se antes completo, agora, inalcançável.

2 comentários:

  1. Erika,

    Estaremos ao teu lado sempre que precisar.

    Como já conversamos, se a hora é de chorar o faça sem ressentimentos. Em breve, você voltará a sorrir para vida e, quando este momento chegar, poderá curtir e ser feliz sem remorço ou quaquer outro sentimento que não seja a alegria e paz.

    Grande beijo de seu Fã!!

    Rogério

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  2. Entendo você. Entendo a sua busca. E entendo também a culpa. Mas ela é inteiramente desnecessária e sem sentido, pode estar certa disso. A vida é mesmo louca e há muito mais perguntas que respostas. Especialmente das do tipo que satisfazem e acalmam o coração e a dor.
    Abraços apertados,
    Ju.

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