terça-feira, 8 de junho de 2010

A fé me sustenta. Uma fé maior do que eu jamais imaginei. Ela me apóia e me faz acreditar no amanhã.

Fé em Deus, na vida, em mim. Força.

Sempre fui uma pessoa de fé. Ela não passou a existir para aplacar o meu sofrimento, mas apropriou-se de mim, cotidianamente, sustentando-me e mostrando-me motivos para continuar.

(Acho que sem uma crença em algo maior, em um propósito, a vida vira beco sem saída...)

Sou nascida católica, mas sempre questionei as religiões, já que acredito serem elas dos homens, que são falhos e muitas vezes usam-na para interesses outros.

Mas independente destas, acredito na existência de Deus, na Sua presença em minha vida. Sinto-me abençoada mesmo agora, quando encaro os meus temores palpáveis.

Esta fé em Deus permite-me não entender.

Simplesmente não aceito. E está tudo bem.

Não sei como aceitar a partida de alguém que julguei não existir, que amei por escolha e que me retribuiu na mesma medida.

Aceitar é compreender que tinha de ser assim, e eu não estou pronta para isso.

Não entendo o porquê de ter sido naquela manhã, sem avisos nem rodeios, de ter sido conosco, de não ter tido a chance de me despedir.

E, estranhamente, sinto que é justamente na falta desta aceitação ou compreensão que reforço a minha fé.

Acredito que Deus está por perto, que vai cuidar de mim para que eu possa viver e ser feliz, mesmo não entendendo ou aceitando o que, no fim, não saberei as respostas.

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