quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Encontro

Conheci-o pessoalmente um dia depois de seu aniversário.

Eu, decepcionada com as paixões. Ele, farrista assumido.

Começamos como estes casais modernos, via internet. Mantivemos um pé no tradicionalismo mineiro com uma amiga nos apresentando formalmente, por email, com fotos e votos de se comportem.

Ele não gostou do que viu. Eu salvei a foto dele para verificações futuras.

Eu, em Bauru, ele em Brasília, a cupida em outro lugar do mapa.

Já no encontro cara a cara, sem tempo para pensar na melhor escrita, eu olhei desconfiada para aquele rapaz com os olhos espantados. Ele confessou tempos depois, que o susto vinha da descoberta que, afinal, eu era diferente do que tinha imaginado.

Pequenas mentiras de sedução, um amor honesto dentro do peito e três meses depois falávamos em casamento.

Eu, assustada. Ele, decidido.

Mas precisaram se passar mais alguns meses e minha profissão cigana me mandar para o frio do sul até a escolha de nossa primeira casa.

Nos sentíamos unidos, inteiros e amigos. Era bom e feliz.

Sincero e tão completo em suas perfeições e imperfeições que me transformou e me resgatou.

Depois dele e mesmo agora que se foi, voltei a acreditar nas relações. Nos amores possíveis. Na vida a dois. Mesmo quando minha alma escurece e chove aqui dentro de mim.

2 comentários:

  1. Querida Prima,

    Suas palavras me deixaram emocionada!!! Você é privilegiada por ter convivido com um ser humano tão lindo e mais privilegiada ainda, por ter gerado esse filho tão lindo que é um pedacinho do nosso querido e saudoso Élcio!
    Amei seu blog!!!
    Fiquem com Deus!
    beijos

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  2. Flor!
    Ele te amava tanto, que nem se eu quisesse dava para ter ciúmes... rsrsrsrs...
    Muitas saudades, não é? Bjos

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