Sofri muito estes últimos tempos, na expectativa do primeiro dia de aula do meu filhote.
Imaginava as famílias felizes, com pais e mães - e até alguns avós - todos a levarem seus rebentos para a escolinha, no seu primeiro dia de aula. Imaginei fotos compartilhadas, sorrisos e algazarra.
Pensei nas perguntas que podiam vir e quais as respostas corretas para que não deixassem ninguém constrangido.
Senti a dor por pensar que que não podia chorar, que devia manter-me confiante, sem saber em que pote ou supermercado eu achava uma porção bem grande de um sentimento que me fugiu por estes tempos.
Tudo em vão!
Para meu espanto, cheguei junto a tantas outras mães, apreensivas pela adaptação de seus filhotes, passando desapercebida em meio aquele mar de carinhas e muxoxos, onde só aquelas criaturinhas realmente importavam.
Não havia multidões de famílias felizes e o único choro presente eram o dos pequenos naquele novo mundo. Não houveram apresentações de oi - como vai - conte-me sua vida!
Tudo em vão.
Sofrimento desnecessário este de nos colocarmos a frente de nossas histórias. E o pior é que parece que esta lição nunca está completa.
Claro que ele nos fez falta, mas foi bom ver que a vida está sempre a lhe sorrir!
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